Gate <em>Gourmet</em> parou dois dias
A quase totalidade dos 120 trabalhadores da Gate Gourmet, multinacional de catering que trabalha para várias companhias aéreas, no Aeroporto de Lisboa, terminaram dia 12, uma greve de 48 horas que deixou muitos voos sem refeições.
A empresa recusa-se a actualizar os salários e pretende retirar direitos constantes no Acordo Colectivo de Trabalho do sector, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares, que apoiou a acção.
Concentrados, dia 12, à porta da empresa, os trabalhadores efectuaram um plenário em que também participou o coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa, Arménio Carlos.
Compareceu nesse dia um vice-presidente da multinacional, de nacionalidade suíça, que manifestou intenção de negociar. No entanto, «as propostas que enunciou estão a causar ainda mais indignação», afirmou Inácio Astúcia ao Avante!. Este dirigente sindical que acusou a empresa de pretender manter o não pagamento de horas extraordinárias, compensadas apenas por tempos de descanso.
O mesmo administrador terá também «condicionado as negociações», ao ameaçar diminuir gradualmente a proposta de aumento salarial, caso os trabalhadores mantenham a luta. Para já, a administração reduziu a sua proposta de 2,8 para 2,5 por cento.
Os trabalhadores vão dar, até ao fim do mês, algum benefício da dúvida ao recém-chegado. Mas, «caso a situação se mantenha, vamos voltar à luta», assegurou Inácio Astúcia.
Mercenários?
Três seguranças privados, de nacionalidade inglesa, substituíram, durante o plenário, o habitual corpo de segurança privada da empresa. Esta situação levou o sindicato a solicitar a intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho. No dia 13, a IGT identificou os três seguranças, que se apresentaram na qualidade de «conselheiros administrativos» e, segundo apurou o sindicato, deram entrada num hotel de Lisboa na véspera do plenário.
O Sindicato da Hotelaria exige saber quem são realmente estes indivíduos, a que empresa pertencem e se o Estado português tem conhecimento desta atitude, admitindo que possa tratar-se de mercenários de uma das muitas empresas privadas de segurança a operar em palcos de guerra, como o Iraque.
A IGT informou que remeteu o caso para a Polícia e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A empresa recusa-se a actualizar os salários e pretende retirar direitos constantes no Acordo Colectivo de Trabalho do sector, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares, que apoiou a acção.
Concentrados, dia 12, à porta da empresa, os trabalhadores efectuaram um plenário em que também participou o coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa, Arménio Carlos.
Compareceu nesse dia um vice-presidente da multinacional, de nacionalidade suíça, que manifestou intenção de negociar. No entanto, «as propostas que enunciou estão a causar ainda mais indignação», afirmou Inácio Astúcia ao Avante!. Este dirigente sindical que acusou a empresa de pretender manter o não pagamento de horas extraordinárias, compensadas apenas por tempos de descanso.
O mesmo administrador terá também «condicionado as negociações», ao ameaçar diminuir gradualmente a proposta de aumento salarial, caso os trabalhadores mantenham a luta. Para já, a administração reduziu a sua proposta de 2,8 para 2,5 por cento.
Os trabalhadores vão dar, até ao fim do mês, algum benefício da dúvida ao recém-chegado. Mas, «caso a situação se mantenha, vamos voltar à luta», assegurou Inácio Astúcia.
Mercenários?
Três seguranças privados, de nacionalidade inglesa, substituíram, durante o plenário, o habitual corpo de segurança privada da empresa. Esta situação levou o sindicato a solicitar a intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho. No dia 13, a IGT identificou os três seguranças, que se apresentaram na qualidade de «conselheiros administrativos» e, segundo apurou o sindicato, deram entrada num hotel de Lisboa na véspera do plenário.
O Sindicato da Hotelaria exige saber quem são realmente estes indivíduos, a que empresa pertencem e se o Estado português tem conhecimento desta atitude, admitindo que possa tratar-se de mercenários de uma das muitas empresas privadas de segurança a operar em palcos de guerra, como o Iraque.
A IGT informou que remeteu o caso para a Polícia e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.